Debate em São José discute situação do Hati sob ocupação de tropas brasileiras
Estavam presentes no debate o coordenador da delegação, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Valdir Martins (foto à esquerda abaixo), os aposentados Francisco Cabral e José Nunes, a advogada e militante do PSTU Nícia Bosco e o jornalista Rodrigo Correia.
Todos eles estiveram no Haiti, de 27 de junho a 3 de julho, numa missão de solidariedade aos trabalhadores haitianos que exigiu a imediata saída das tropas brasileiras de lá.
Houve exibição de fotos e vídeos da delegação, que expôs, durante mais de duas horas, a realidade do povo e os efeitos da invasão de tropas estrangeiras contra aquela nação.
Toninho falou da história do Haiti desde a sua independência, em 1804. O Haiti é o único país a ter uma revolução de escravos vitoriosa, que acabou decretando o fim da colonização francesa.
Foram relatados os vários golpes, ocupações estrangeiras e ditaduras sofridas pelos haitianos desde 1804. Todos estes fatos foram e são os causadores do atual estado de miséria daquele país, que é o mais pobre das Américas.
"As tropas brasileiras, junto com as outras, cumprem um papel de deter o processo de autodeterminação dos haitianos, o que tem ocorrido sistematicamente ao longo da história desse povo lutador", disse Toninho.
"As tropas reprimem a população e a organização dos trabalhadores e, em vários casos, violam os direitos humanos. Além disso, a presença dos militares estrangeiros perpetua um projeto de exploração daquele povo, que visa tornar o Haiti um território de mão-de-obra semi-escrava e que garanta muitos lucros aos capitalistas e grandes potências", acrescentou Toninho.
Outros debates sobre o Haiti estão acontecendo, como o que ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, na sede do Sepe (sindicato dos profissionais e funcionários da educação).